quarta-feira, 6 de abril de 2011

Colaboração de Rodrigo Munhoz

Sobre o “entre” ,é pertinente a discussão ,uma vez que a galera fica feito ovelha desgarrada durante a etapa do pós bacharel...e como você(Beba) bem colocou a coisa meio que se converte num processo reducionista e circunscrito entre o ambiente de galeria ou academia...é como fazer parte de uma mesma estrutura, de um mesmo território. Recentemente descobri através de uma amiga ,um cara (antropólogo) chamado Victor Turner...foi um cara que estudou estruturas e antiestruturas...pelo pouco que compreendi... as estruturas estão caracterizadas por convenções, livros ,teses,representações e normatizações que organizam e corroboram uma idéia de mecanização do orgânico...enquanto que a antiestrutura é tida como freak,de improviso,embasada pela presentificação da vida, coisa de loop e transformação de aspectos do tempo e espaço...cuja porta de entrada reside na disponibilidade para a anormalidade ou para aquilo que está fora da segurança de um território,ou seja ,transita na fronteira das relações entre as vidas ...e por consequência ,tudo aquilo que o corpo (sensorial)não nega ,aquilo que está próximo ao “primitivo da ação e seu estado fenomenológico”...alheia inclusive às amarras que vislumbram metas e logias para tal. O teu “entre” é também o espaço vida...o contratempo...o ócio e não a negação do ócio ...ou negócio. As antiestruturas quiçá estejam ligadas ao terceiro caminho,não é macho ,nem fêmea...talvez trans rs. Quiçá também elas operem com recursos do macho e da fêmea,mas o seu uso é viral feito uma doença autoimune,e redundando no talvez... trata-se da tal peste que tanto pregava Antonin Artaud . Em todo o caso a grande loucura habita o simples fato de que um street churras e todas as reorganizações urbanas deveriam ser valorizadas nas práticas artísticas ou poéticas da vida,de maneira que não houvesse um divórcio entre os territórios,mas uma fronteira de fato onde o sujeito conseguisse viver por isso,fosse por dinheiro,escambo ou pela moeda “Palma” ,tão “prafrentex” e que preocupa os bancos, mercados e estruturas financeiras do nordeste. Para não encerrar , eu diria que a época da representação via instituições educacionais,partidárias,familiares e tal ...vem perdendo “espaço tempo...vida” para a presentificação do corpo e suas potencialidades em estado de impermanência "on line" e sobretudo,através de suas paixões ...

Rodrigo Munhoz

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